24.1.07

José Luís Peixoto, o fascinio pelas letras!


O programa da Antena 1 “Escrita em dia”, tem como tema principal de conversa os livros. Foi entrevistado numa destas edições por Francisco José Viegas, o escritor José Luís Peixoto, de 32 anos, que lançou recentemente o seu último romance “Cemitério de Pianos”.
O escritor descobriu o gosto pela leitura na adolescência impulsionado por clássicos que havia lido, mas foi ao ler um poema seu que sentiu uma vontade nunca antes conhecida. Começou a sua “aventura” no mundo da escrita por volta dos 16 anos com publicações no “Diário Jovem”, suplemento do “Diário de Notícias”. José Luís Peixoto, um homem fascinado pelas letras, é um escritor aplaudido pela crítica, considerado a estrela da nova geração de autores portugueses algo que para o mesmo é “supérfluo”. Este é um escritor multifacetado que nunca rejeita um desafio. Tem como ambição criar objectos para quem os queira interpretar sentindo que está a crescer enquanto escritor. Um dos seus desejos é nunca parar de aprender, espera um dia morrer a aprender coisas. O escritor considera não ter tido adolescência, passando directamente da infância para a idade adulta e enumera “Morreste-me”, o seu primeiro livro, como o filtro da sua viragem enquanto escritor. No seu novo romance, “Cemitério de Pianos” aborda bem como nos anteriores, temas como a morte, em particular a sua travessia, a noção de família, nomeadamente a relação pai, filho, acrescentando também o nascimento e um olhar mais naturalista, fugindo um pouco à sua marca já atribuída de escritor fantástico.
José Luís Peixoto, que mostra inserir sempre nos seus livros uma componente auto-biográfica, auto-critica-se, mostrando um olhar sereno e totalmente ponderado em relação às suas próprias obras. O autor de “Morreste-me”, “Nenhum Olhar”, “Uma Casa na Escuridão” e “Antídoto”, ambiciona tornar-se um escritor intemporal, interpretado através dos seus texto quantas vezes a vontade o quiser e pelo pouco que nos é possível opinar, parece óbvio que o irá conseguir.