24.1.07

José Luís Peixoto e o mundo Literário

No programa “Escrita em Dia” conduzido por Francisco José Viegas na RDP o entrevistado desta sessão foi o escritor José Luís Peixoto, em cima da mesa está o último livro lançado no mercado pelo mesmo. “Cemitério de Pianos” é considerado por muitos como o livro do ano de 2006. Apesar de ainda ser bastante jovem, tem 32 anos o escritor já editou vários livros e recebeu alguns prémios literários. Quando questionado sobre o que o levou a ser escritor responde que o gosto pela escrita surgiu ainda na adolescência fruto das leituras que realizou. Nessa época sentiu-se atraído para fazer igual ou pelo menos parecido com aquilo que lia. Nota-se aqui influência dos clássicos literários pois marcaram a juventude de Peixoto, provocando desejo que o levou a realizar uma formação superior na área das letras.
José Luís Peixoto, segundo Francisco José Viegas é apontado como o escritor da nova geração de autores portugueses. Peixoto considera que não é dono das construções que faz, que ao escrever não é dono do que podem escrever sobre ele. O autor tem consciência que as suas obras vão ser analisadas pelos críticos literários e que não pode interferir pois é um processo natural no meio literário. Ele apenas considera que a critica se deve centrar no texto que está a analisar e não na pessoa que o escreveu. J.L.Peixoto tem como ambição produzir textos que possa oferecer à interpretação dos seus leitores. Diz-nos ainda que os textos são um objecto fixo e que não podem ser alvo de uma única interpretação devido à sua subjectividade. Cada leitor pode tirar as conclusões que entender de um texto mas, segundo Jacinto Prado Coelho, apenas aquelas que os caminhos do texto nos permite retirar.
Peixoto diz ainda no decorrer da entrevista que está satisfeito com o último livro que escreveu mas busca fazer sempre melhor, um processo natural em qualquer escritor. “Cemitério de Pianos” é uma obra que está relacionada com as anteriormente escritas, o autor coloca sempre um pouco da sua vida nas obras que escreve, recorrendo a experiências da sua vida. Em todos os seus romances Família e Morte são temas sempre presentes. Este novo romance é o que tem mais diálogos de todos os outros já publicados, influência da experiência que J.L. Peixoto está a desenvolver com a escrita de peças de teatro. As personagens falam mais, existindo mesmo dois narradores nesta obra, sendo que cada um vai falando e interpretando a história, segundo palavras do entrevistador.
José Luís Peixoto considera que a escrita é organização e gestão, arranjar fórmulas para aquilo que chega sem fórmulas. Diz, e para finalizar, que um autor é a soma das suas várias experiências.

José Luís Peixoto, o fascinio pelas letras!


O programa da Antena 1 “Escrita em dia”, tem como tema principal de conversa os livros. Foi entrevistado numa destas edições por Francisco José Viegas, o escritor José Luís Peixoto, de 32 anos, que lançou recentemente o seu último romance “Cemitério de Pianos”.
O escritor descobriu o gosto pela leitura na adolescência impulsionado por clássicos que havia lido, mas foi ao ler um poema seu que sentiu uma vontade nunca antes conhecida. Começou a sua “aventura” no mundo da escrita por volta dos 16 anos com publicações no “Diário Jovem”, suplemento do “Diário de Notícias”. José Luís Peixoto, um homem fascinado pelas letras, é um escritor aplaudido pela crítica, considerado a estrela da nova geração de autores portugueses algo que para o mesmo é “supérfluo”. Este é um escritor multifacetado que nunca rejeita um desafio. Tem como ambição criar objectos para quem os queira interpretar sentindo que está a crescer enquanto escritor. Um dos seus desejos é nunca parar de aprender, espera um dia morrer a aprender coisas. O escritor considera não ter tido adolescência, passando directamente da infância para a idade adulta e enumera “Morreste-me”, o seu primeiro livro, como o filtro da sua viragem enquanto escritor. No seu novo romance, “Cemitério de Pianos” aborda bem como nos anteriores, temas como a morte, em particular a sua travessia, a noção de família, nomeadamente a relação pai, filho, acrescentando também o nascimento e um olhar mais naturalista, fugindo um pouco à sua marca já atribuída de escritor fantástico.
José Luís Peixoto, que mostra inserir sempre nos seus livros uma componente auto-biográfica, auto-critica-se, mostrando um olhar sereno e totalmente ponderado em relação às suas próprias obras. O autor de “Morreste-me”, “Nenhum Olhar”, “Uma Casa na Escuridão” e “Antídoto”, ambiciona tornar-se um escritor intemporal, interpretado através dos seus texto quantas vezes a vontade o quiser e pelo pouco que nos é possível opinar, parece óbvio que o irá conseguir.

2.1.07

Restantes trabalhos de comentário crítico

Temas para os restantes segundos trabalhos:
3 de Janeiro
Comentário à entrevista a António Lobo Antunes, conduzida por Carlos Vaz Marques (TSF, 15 de Novembro de 2006). Pode consultar ainda este endereço, bem como este.
10 de Janeiro
Comentário à entrevista a José Saramago, conduzida por Carlos Vaz Marques (TSF, 16 de Novembro de 2006). Pode consultar ainda este endereço ou este.
17 de Janeiro
Comentário à entrevista a José Luís Peixoto, conduzida por Francisco José Viegas (RDP, "Escrita em Dia", 30 de Novembro de 2006). Pode consultar este endereço e este também.

8.12.06

1º trabalho de comentário crítico

Deverá ser comentado um dos seguintes textos:

A bibliografia de referência é constituída por:

AGUIAR E SILVA, Vítor Manuel. "A Comunicação literária". In Teoria e Metodologia Literárias. Lisboa: Universidade Aberta: 1990: pp. 79-97

CALVINO, Italo, "Porquê ler os clássicos", In Porquê ler os clássicos?

COELHO, Jacinto do Prado, "Limiar", In Ao Contrário de Penélope

4.12.06

Urbano Tavares Rodrigues lança novo livro

Cito a notícia do Diário Digital / Lusa do dia 30 de Novembro de 2006:
"Urbano Tavares Rodrigues lança novo livro dia 5 em Lisboa Ao Contrário das Ondas, o novo romance de Urbano Tavares Rodrigues, com apresentação agendada para dia 05 de Dezembro na FNAC Colombo, em Lisboa, é considerado pelo autor um livro «ousado», que questiona «o futuro das sociedades actuais». Apresentando o novo trabalho como um romance «intimista» e que «procura descer ao fundo da condição humana», o autor referiu à Lusa que, além de abordar o amor, o tempo e a liberdade, alguns dos seus temas de insistência, a obra procura suscitar a reflexão sobre «o capitalismo neoliberal», que fomenta cada vez mais a lógica «do rendimento e do êxito». «Nunca fiz um romance que fosse propriamente político no sentido em que este é», afirmou o escritor, adiantando que, ao incluir no livro a hipótese de«uma privatização parcial do sistema judicial», pretende «levar o leitor a reflectir sobre o futuro da sociedade». Segundo Urbano Tavares Rodrigues, «as privatizações contrariam o sistema socialista e a Democracia», cabendo aos cidadãos «fazer frente ao que parece inexorável, mesmo que para isso tenham de sofrer duras consequências», como sucede com algumas personagens do livro. «A globalização capitalista parece hoje ser o único caminho, apesar de conduzir à desigualdade e à injustiça, mas é possível fazer-lhe frente e o sentido do título é precisamente esse: ir contra as ondas», sublinhou ainda o autor, acrescentando que o livro foi escrito «ao longo de dois anos, durante um governo de direita em Portugal». Neste cenário de convulsões políticas, o autor inscreveu as vivências das personagens que, num momento actual, «olham para o passado», observando à distância «as máscaras usadas ao longo do tempo» e o conflito que continua a instalar-se «entre as suas ambições e os seus ideais». «Ao Contrário das Ondas», com chancela da editora Dom Quixote, vai reunir-se na obra de Urbano Tavares Rodrigues aos mais de 50 livros já publicados pelo autor e que percorrem quase todos os géneros literários, da poesia ao romance, passando pelo conto. Urbano Tavares Rodrigues nasceu em Lisboa em 1923, licenciou- se em Filologia Românica, doutorando-se em 1984 com uma tese sobre Teixeira Gomes, e exerceu até 2005 como professor universitário. Leitor de Português na Universidade de Montpellier, foi assistente nas universidades de Aix-la-Provence e Paris-Sorbonne, na França, e regente da cadeira de Literatura Francesa na Faculdade de Letras de Lisboa. Enquanto jornalista, trabalhou no Diário de Notícias, Diário de Lisboa e O Século, entre outros títulos, e enquanto escritor assina uma obra em que quase sempre expressou preocupações sociais e políticas. Já foi distinguido com os galardões literários Ricardo Malheiros, Aquilino Ribeiro e Fernando Namora, com o Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco, o Prémio da Associação Internacional de Críticos Literários, o Prémio da Imprensa Cultural e o Prémio Vida Literária, atribuído pela Associação Portuguesa de Escritores. A sua obra está traduzida na Alemanha, Bulgária, Egipto, Espanha, França,Grécia, Polónia, República Checa, Roménia, Suécia e Ucrânia."

3.12.06

"Eduarda Chiote vence prémio literário Teixeira de Pascoaes"

Cito a notícia do Diário Digital / Lusa do dia 30-11-2006
"A escritora Eduarda Chiote venceu com a recolha poética «O meu lugar à mesa» a edição 2006 do Prémio de Poesia Teixeira de Pascoaes, atribuído pela câmara municipal de Amarante, anunciou hoje a autarquia.
Eduarda Chiote receberá o prémio no dia 16 de Dezembro na
biblioteca de Amarante. «O meu lugar à mesa» é uma edição da Quasi.
À edição de 2006 do Prémio concorreram 170 obras de 160 autores, analisadas por um júri composto por
António Cândido Franco, Carlos Poças Falcão, Helga Moreira, Luís Adriano Carlos e Ramiro Teixeira.
Este prémio de poesia, bienal, no valor de cinco mil euros, foi criado pela autarquia de Amarante em 1997 por ocasião do 120/o aniversário do nascimento de
Teixeira de Pascoaes.
Daniel Faria e Amadeu Baptista (2004) e Fernando Echevarria (2002) são três dos poetas já galardoados.
Eduarda Chiote tem publicadas obras como
A celebração do pó, Não me morras, Branca morte e A preços de ocasião." As hiperligações foram acrescentadas.

29.11.06

Novo livro de José Luís Peixoto "Cemitério de Pianos" apresentado hoje no teatro São Luiz, em Lisboa

Cito o cartaz SIC on-line onde nos fala do mais recente romance do escritor José Luís Peixoto “O romance "Cemitério de Pianos", que o escritor lança, hoje, no Teatro São Luiz, em Lisboa, é um livro sobre a renovação.

"Neste romance, o tema central é a transcendência, na medida em que a morte não surge aqui como fim absoluto, mas para mostrar que - apesar dela - as pessoas continuam a existir naquilo que deixaram de si", explicou o autor.

Para José Luís Peixoto, o cemitério de pianos, que designa "a zona de uma oficina onde se acumulam pianos velhos e sem conserto", é também uma representação dessa continuidade, pois são os instrumentos mortos que "cedem as peças que permitem manter vivos outros pianos".

Os narradores do livro são um pai e um filho que, em tempos diferentes mas por vezes sobrepostos, vão desvendando a história da família "numa linguagem intercalada de sombras e luz, de silêncio e riso, de medo e esperança, de culpa e perdão", lê-se no site do autor.
O livro "Cemitério de Pianos", editado pela Bertrand, será apresentado no Teatro S. Luiz pelo jornalista Rodrigo Guedes de Carvalho.
O romance será ainda lançado, amanhã, no Teatro Campo Alegre, no Porto, estando a apresentação da obra a cargo de Valter Hugo Mãe, numa sessão acompanhada ao piano por Álvaro Teixeira Lopes.” Post de Nadine Pinto.

29.8.06

Recomeçar

Este blog tem uma função complementar de Literatura Portuguesa em notícia. Nele serão publicados os textos produzidos pelos alunos ao longo do ano lectivo.